O Dia Mundial da Asma, celebrado na primeira terça-feira de maio, é um alerta global sobre a importância de reconhecer os sintomas, buscar diagnóstico precoce e adotar medidas eficazes para o controle da doença. A data visa conscientizar a população sobre uma condição crônica que afeta milhões de pessoas e pode comprometer significativamente a qualidade de vida — especialmente quando não é tratada de forma adequada.
Neste artigo, reunimos informações essenciais sobre a asma: o que é, quais são os principais fatores desencadeantes, como identificar os sintomas e quais estratégias podem ser adotadas para prevenir as crises e manter a doença sob controle. Também abordamos os tipos de medicamentos mais utilizados no tratamento da asma.
Qual é a origem e a importância do Dia Mundial da Asma?
O Dia Mundial da Asma é promovido pela Global Initiative for Asthma (GINA), ou Iniciativa Global para a Asma, uma organização internacional dedicada a melhorar a prevenção e o controle da doença em todo o mundo. Celebrada anualmente na primeira terça-feira de maio, a data tem como objetivo principal ampliar a conscientização sobre a asma e estimular boas práticas no diagnóstico, no tratamento e na gestão dos sintomas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 300 milhões de pessoas no mundo vivam com asma — uma condição respiratória crônica que, se não for controlada, pode causar limitações significativas nas atividades diárias, além de crises graves que exigem atendimento de emergência. Apesar da alta prevalência, muitos casos ainda são subdiagnosticados ou tratados de forma inadequada, o que compromete a qualidade de vida dos pacientes.
Em função da data, diversas campanhas e ações educativas são realizadas ao redor do mundo, incluindo eventos em centros de saúde, divulgação de informações e orientações sobre o manejo correto da doença. Além disso, o Dia Mundial da Asma busca combater a desinformação, promover o acesso a medicamentos e incentivar políticas públicas voltadas à saúde respiratória.
O que é a asma?
A asma é uma doença crônica que atinge os pulmões e dificulta a respiração. Ela acontece por causa de uma inflamação nos brônquios — os canais que levam o ar até os pulmões —, que ficam mais estreitos e sensíveis. Isso pode provocar falta de ar, chiado no peito, tosse e uma sensação de aperto no peito. Esses sintomas tendem a ocorrer de forma recorrente e variam em intensidade, podendo piorar durante a noite, ao acordar ou em contato com fatores desencadeantes.
Durante uma crise de asma, os brônquios se contraem, produzem mais muco e dificultam a passagem do ar. A respiração fica curta e pesada, e o desconforto pode ser grande.
Embora a asma não tenha cura, ela pode ser controlada. Com o tratamento correto, é possível ter uma vida normal, sem limitações. O acompanhamento médico, o uso regular dos medicamentos e os cuidados para evitar os fatores que provocam as crises são fundamentais para manter a doença sob controle.
Quais são os sintomas e os principais fatores desencadeantes da asma?
Os sintomas da asma variam de pessoa para pessoa e podem surgir de forma leve, moderada ou grave, dependendo do nível de controle da doença e da exposição a fatores desencadeantes. Veja quais são os mais comuns.
- Falta de ar ou dificuldade para respirar
- Chiado no peito (sibilância)
- Tosse frequente, especialmente à noite ou pela manhã
- Sensação de aperto ou pressão no peito
- Cansaço excessivo durante atividades físicas
Esses sintomas podem ocorrer de forma isolada ou combinada, e tendem a piorar quando a pessoa entra em contato com agentes que irritam as vias respiratórias. Ou seja, estamos falando de fatores, chamados de gatilhos ou desencadeantes, que variam de acordo com a sensibilidade individual. Conheça os principais.
- Poeira, ácaros, mofo e pelos de animais
- Fumaça de cigarro e poluição do ar
- Produtos de limpeza com cheiro forte
- Alterações bruscas de temperatura ou clima seco
- Infecções respiratórias, como gripes e resfriados
- Atividades físicas intensas, especialmente em ambientes frios
- Estresse emocional e ansiedade
- Exposição a alérgenos como pólen e fungos
Identificar e evitar os fatores desencadeantes é essencial no controle da asma. O acompanhamento médico também é indispensável para avaliar a gravidade dos sintomas, definir a melhor abordagem terapêutica e orientar o uso correto dos medicamentos.
Como é feito o diagnóstico da asma?
O diagnóstico da asma é feito por um profissional de saúde, com base na avaliação dos sintomas, no histórico do paciente e em exames que ajudam a analisar a função pulmonar. É importante observar com atenção a frequência e os momentos em que os sintomas aparecem — como falta de ar, chiado no peito, tosse e sensação de aperto —, além de identificar se eles pioram à noite, durante exercícios ou em contato com poeira, fumaça e outros agentes irritantes.
Um dos principais exames usados para confirmar a asma é a espirometria, que mede a quantidade de ar que a pessoa consegue inspirar e expirar, além da força com que o faz. Esse teste ajuda a identificar se há obstrução das vias respiratórias e se ela melhora com o uso de broncodilatadores.
Em alguns casos, o médico pode solicitar outros exames complementares, como testes de alergia, radiografias ou provas de função pulmonar mais detalhadas. Essas avaliações são importantes para descartar outras doenças respiratórias e confirmar o diagnóstico de asma.
Quanto mais cedo a asma for identificada, melhor será o controle dos sintomas. Por isso, buscar orientação médica diante de sinais persistentes é essencial para evitar complicações e garantir qualidade de vida.
Medicamentos para asma: quais são os mais utilizados no tratamento?
O tratamento da asma pode envolver diferentes tipos de medicamentos, dependendo da gravidade da doença e da resposta de cada paciente. Em geral, os remédios são divididos em dois grupos principais: os de alívio rápido, usados para controlar os sintomas durante as crises, e os de uso contínuo, indicados para manter a inflamação sob controle e prevenir novas crises.
A escolha dos medicamentos para asma depende da gravidade da doença, da frequência dos sintomas, da idade do paciente, da presença de outras condições clínicas e da resposta ao tratamento. Por isso, o acompanhamento médico contínuo é essencial para garantir a eficácia e a segurança do tratamento.
Princípios ativos para asma mais utilizados
De acordo com o Índice epharma, os cinco princípios ativos mais vendidos no país entre nos últimos 24 meses foram:
- Salbutamol
- Montelucaste
- Beclometasona
- Budesonida + Formoterol
- Ipratropio
Como prevenir e controlar a asma?
Embora a asma não tenha cura, é possível viver bem com a doença ao adotar cuidados contínuos que ajudam a prevenir crises e manter os sintomas sob controle. O tratamento adequado e os bons hábitos no dia a dia fazem toda a diferença na qualidade de vida do paciente. Confira as principais orientações para prevenção e controle da asma.
- Evite os fatores desencadeantes
Identifique e reduza o contato com poeira, mofo, pelos de animais, fumaça, poluição, cheiros fortes, ar frio e outros elementos que provocam sintomas.
- Use os medicamentos corretamente
Siga sempre as orientações médicas quanto ao tipo de remédio, dosagem e frequência. É importante manter o tratamento mesmo quando os sintomas estiverem controlados. Outro cuidado necessário é não praticar automedicação — converse sempre com seu médico antes de iniciar ou alterar o tratamento.
- Aprenda a usar o inalador da forma correta
A técnica de inalação influencia diretamente a eficácia do medicamento. Em caso de dúvidas, peça orientação ao profissional de saúde.
- Pratique atividade física com acompanhamento
A prática regular de exercícios pode trazer benefícios, desde que seja orientada por um médico e adaptada à condição de cada paciente.
- Mantenha uma boa rotina de sono
Dormir bem ajuda a equilibrar o sistema imunológico e evita a piora dos sintomas, especialmente durante a noite.
- Evite o tabagismo e ambientes com fumaça
O cigarro irrita os pulmões e agrava os sintomas da asma. A mesma recomendação vale para a exposição passiva à fumaça.
- Realize acompanhamento médico
Consultas periódicas ajudam a ajustar o tratamento, prevenir complicações e avaliar a evolução do quadro clínico.
- Esteja preparado para agir em caso de crise
Tenha os medicamentos de alívio rápido sempre à mão e saiba quando procurar atendimento médico, especialmente em situações de falta de ar intensa ou sintomas que não melhoram.
Com essas medidas, é possível manter a asma sob controle, reduzir o risco de crises e levar uma vida ativa e saudável. O conhecimento sobre a doença e a adesão ao tratamento são aliados fundamentais nesse processo.
Orientações como essas reforçam a importância do Dia Mundial da Asma. Afinal de contas, essa é uma oportunidade importante para ampliar o conhecimento sobre a doença, incentivar o diagnóstico precoce e reforçar o papel do tratamento contínuo na promoção da saúde respiratória.
Quer apoiar esta causa? Neste Dia Mundial da Asma compartilhe este conteúdo com outras pessoas. Levar informação adiante pode ajudar a prevenir crises, melhorar o controle dos sintomas e promover mais qualidade de vida para quem convive com a doença.