Doenças como diabetes, problemas cardiovasculares, respiratórios, obesidade, determinados transtorno neuropsiquiátricos e câncer geram grande impacto na saúde e o no bem-estar do paciente crônico. Para se ter uma ideia, em 2019, 54,7% de todos os óbitos registrados no Brasil foram causados por ‘doenças crônicas não transmissíveis’, as chamadas DCNT, como aponta o Ministério da Saúde. Assim é preciso ter em mente como essas condições podem desencadear complicações significativas, ainda mais quando surgem dificuldades de adesão ao tratamento indicado.
Por isso, tal problema torna-se um desafio para todos os envolvidos no cuidado desse perfil de paciente, inclusive na indústria farmacêutica. Dessa forma, reconhecer as barreiras e repensar as possibilidades de atuação desse setor na jornada de saúde dos portadores de doenças crônicas pode contribuir para ampliar o acesso aos medicamentos e outros recursos valiosos.
Qual a importância da adesão ao tratamento pelo paciente crônico?
A adesão ao tratamento diz respeito não apenas à ingestão correta dos medicamentos prescritos pelo médico. Ela também envolve a recomendação de uma série de medidas comportamentais que influenciam no estilo de vida do paciente crônico, incluindo a produção e a distribuição de conteúdo relevante para a promoção da sua qualidade de vida.
Em um exemplo simples: um paciente com hipertensão arterial não deve apenas tomar as medicações de forma indicada. Ele também se beneficiará de uma rotina com atividades físicas regulares e alimentação balanceada. Além disso, ele deve ter o suporte necessário para acompanhar sua condição e visitar o médico de forma regular à medida que o tempo passa.
Quando isso não acontece, a doença crônica pode sair do controle, gerando danos à saúde, em muitos casos irreversíveis. Não por menos, muitas das doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis pela maioria das mortes registradas tanto no Brasil quanto no mundo nas últimas décadas.
É claro que cada quadro precisa ser analisado individualmente para identificar o que leva à deficiência na adesão ao cuidado. Todavia, um paciente crônico pode deixar de seguir as orientações de forma involuntária (por descuido ou mesmo por desconhecimento sobre o problema) ou de forma deliberada.
Nesses casos, as principais motivações vão desde a descrença no tratamento à presença de eventuais efeitos colaterais. Além disso, é fundamental considerar os fatores socioeconômicos que interferem no acesso aos medicamentos e podem dificultar ainda mais a aderência do paciente crônico ao tratamento. Aspectos socioeconômicos tem relevância principalmente quando se leva em conta o custo do tratamento de uma doença crônica, ainda mais quando ele precisa ser financiado pelo próprio paciente.
Quais os principais desafios na jornada de saúde do paciente crônico?
Em tal dinâmica, a indústria farmacêutica pode assumir a dianteira dessa missão. Entre as diversas estratégias possíveis para tornar um tratamento mais acessível estão os programas de suporte ao paciente (PSP) para medicamentos de alta complexidade ou oncológicos, além de programas de benefícios em medicamentos (PBM) para produtos que são vendidos em farmácias comuns.
Ou seja, a indústria é um ator importante, que pode oferecer soluções capazes de contribuir com a adesão e o acesso ao medicamento e fortalecer a conscientização sobre a importância do tratamento certo para o paciente certo, por meio do relacionamento com os profissionais de saúde.
Vale ressaltar que problemas na prescrição e na aderência ao tratamento também impactam nos custos dos sistemas de saúde públicos e privados, uma vez que as complicações desencadeadas exigem recursos financeiros ainda maiores.
Por outro lado, investir no controle de pacientes crônicos pode trazer retornos financeiros e salvar vidas. De acordo com a OMS, até 2030, os países mais pobres podem crescer economicamente em até US$ 350 bilhões e preservar 8 milhões de vidas, investindo no tratamento e na prevenção de doenças crônicas. No mais, para cada US$ 1 investido na prevenção, a estimativa é de que retorno alcançado seja de US$ 7, por meio de empregos e ganhos de produtividade.
Por isso, o trabalho conjunto de todos os atores envolvidos nessa jornada é importante. Isso vai desde o acesso ao médico para o diagnóstico e orientação sobre o tratamento, passando por empresas que cocriam programas para as indústrias farmacêuticas incluindo formas de promover a adesão ao medicamento prescrito, até a atuação das redes de farmácias para que as pessoas tenham acesso aos programas de desconto na jornada de compra, seja de forma física ou online.
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O que pode ser feito para fortalecer o cuidado com a saúde em pacientes crônicos?
Investir em programas de gestão de doentes crônicos capazes de oferecer o suporte profissional adequado e garantir o acesso aos medicamentos necessários pode fazer diferença nessa jornada. Assim, além de ter o remédio sempre disponível, o paciente crônico pode esclarecer suas dúvidas, relatar efeitos colaterais e receber orientações para o controle da sua condição, inclusive com o suporte de outros profissionais de saúde. A assistência de um farmacêutico, por exemplo, contribui para esclarecimento sobre possíveis interações medicamentosas em pacientes que tomam mais de um fármaco. No mais, nutricionistas e educadores físicos também podem desempenhar papéis importantes nesses quadros.
Todavia, deve-se considerar que nem sempre as alternativas propostas funcionarão para todos, inclusive porque doenças diferentes podem exigir recursos variados. Ou seja, programas e ferramentas centrados no paciente tendem a apresentar melhores resultados, como nas soluções desenvolvidas pela epharma para apoiar o acesso aos medicamentos necessários sempre que preciso, em todas as etapas da jornada de saúde do paciente. Tudo isso considerando desde o diagnóstico até a disponibilização de programas de suporte e gestão e, claro, a manutenção de uma rede credenciada em todo o Brasil (com lojas físicas e virtuais) para a compra dos medicamentos prescritos.
Em todo caso, é preciso que as intervenções propostas sejam acompanhadas. Desse modo, é possível avaliar se elas estão oferecendo os resultados esperados e se há progresso em indicadores de saúde e qualidade de vida.
Certamente, reforçar a aderência ao tratamento representa um desafio para todo o ecossistema de saúde, incluindo operadoras de planos de assistência médica. Entretanto, tal cuidado pode ter impacto muito mais significativo na saúde desse perfil de indivíduo do que a introdução de novas intervenções, inclusive aquelas baseadas em recursos mais caros e complexos. Logo, promover a assistência à saúde com isso em mente tende a contribuir com o aprimoramento da jornada de saúde de quem lida com esses problemas.
Assim, programas de adesão ao tratamento desenvolvidos com base em soluções customizadas e diferentes ferramentas de suporte ao paciente crônico são essenciais na construção de uma jornada efetiva de acompanhamento, personalizando o cuidado prestado e fortalecendo a fidelização. Ao longo de todo esse processo, a epharma está ao lado da indústria, do varejo farmacêutico e dos profissionais de saúde, atuando como um elo que tem por objetivo superar esses desafios em prol da melhor assistência aos pacientes, contribuindo para que eles tenham uma maior qualidade de vida.
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