Acesso e aderência a tratamentos medicamentosos são pilares fundamentais na jornada do paciente, influenciando diretamente os resultados clínicos e a eficácia dos cuidados de saúde. Nesse processo, a abordagem da indústria farmacêutica precisa ser completa, com visão abrangendo desde as etapas de pesquisa e desenvolvimento até a fase de comercialização no mercado.
Garantir o acesso a medicamentos é um dos principais focos dos laboratórios, mas tão importante quanto isso é assegurar a aderência ao tratamento, conforme a prescrição. A combinação desses dois aspectos garante os melhores resultados terapêuticos, contribuindo ainda para o bom posicionamento do fármaco no mercado.
O foco nesses pontos contribui significativamente para o aumento da qualidade de vida dos pacientes. Neste texto vamos explorar as estratégias e soluções que podem ser implementadas para uma abordagem integrada que considere todos os pontos de contato na jornada do paciente.
Affordability: qual é a importância dos programas de acesso a medicamentos?
A acessibilidade, ou affordability, é a estratégia voltada para garantir o acesso ao medicamento. Na jornada do paciente, é a etapa que vem na sequência do diagnóstico. Ou seja, aqui estamos falando de iniciar o tratamento indicado. Nesse momento, há barreiras que podem ser desafiadoras para a área da saúde, como os custos associados e as dificuldades de obtenção de determinados remédios, sobretudo no contexto dos medicamentos de alta complexidade.
Programas de acesso podem variar, desde políticas de preços diferenciados, assistência ao paciente, até parcerias com governos e organizações não governamentais. Essas iniciativas são essenciais para contornar possíveis barreiras que possam retardar ou comprometer o tratamento. Por exemplo, fabricantes de medicamentos podem implementar programas de subsídio ou desconto que reduzem o custo direto para o paciente.
A acessibilidade também está vinculada às orientações que são prestadas ao paciente, bem como ao seu acompanhamento, desde o início do tratamento. Nesse sentido, os programas têm papel de conscientização sobre a doença e a importância da aderência ao tratamento. A eficácia da abordagem terapêutica depende desses esclarecimentos. Por isso, os canais de atendimento e, em casos mais específicos, o suporte profissional, são indispensáveis.
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Patient engagement: como melhorar a aderência ao tratamento?
A partir do acesso ao medicamento, a atenção da indústria farmacêutica — e da área de saúde como um todo — se volta para a aderência ao tratamento. Esse é um dos pontos críticos na jornada do paciente, principalmente quando envolve doenças crônicas. Nesse ponto, são iniciadas as estratégias de patient engagement, ou engajamento do paciente, uma etapa essencial para assegurar a aderência ao tratamento prescrito.
A aderência ao tratamento é determinante em condições de longo prazo que requerem gestão e tratamento prolongados. Os programas de aderência da indústria farmacêutica buscam incorporar medidas que assegurem a adesão do paciente ao tratamento prescrito. Essas iniciativas podem englobar tanto a concessão de descontos recorrentes para medicamentos de uso contínuo quanto abordagens de comunicação e interação com os pacientes.
O uso da régua de relacionamento (Conversational Patient Engagement), por exemplo, é uma prática cada vez mais comum no âmbito da indústria farmacêutica. A estratégia recorre ao CRM (Customer Relationship Management), mas o enfoque não se limita à fidelização. Esse tipo de programa permite que os laboratórios acompanhem o paciente ao longo de toda a sua jornada, com o objetivo de monitorar a eficácia dos medicamentos, orientar sobre o uso consciente dos remédios e prestar auxílio sempre que necessário.
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Acesso e aderência: quais são os desafios da indústria farmacêutica
Os desafios da indústria farmacêutica em relação ao acesso e aderência ao tratamento medicamentoso são complexos. Um dos principais obstáculos é manter uma conexão constante e eficaz com o paciente ao longo de todo o seu tratamento. Isso requer não apenas sistemas de comunicação específicos, mas também uma abordagem apropriada e personalizada, realizada por equipe experiente nesse tipo de interação.
A gestão dos programas de acesso e aderência é outra área crítica, pois envolve a coordenação de múltiplas atividades, que se desenvolvem em diferentes pontos de contato com o paciente. A infraestrutura necessária para suportar essas operações é vasta, incluindo desde sistemas de TI robustos para a coleta e análise de dados até equipes multidisciplinares, com especialistas em dados e suporte ao cliente. Esses sistemas devem ser capazes de processar e interpretar grandes volumes de informações para fornecer insights relevantes para a indústria.
Além disso, há a necessidade de manter e gerenciar canais de atendimento ao paciente, garantindo acessibilidade e eficiência. Esses recursos facilitam a comunicação direta e o suporte prestado ao paciente, favorecendo, ainda, o monitoramento da aderência ao tratamento. Profissionais capacitados devem estar disponíveis para resolver dúvidas, orientar sobre o uso correto dos medicamentos e fornecer suporte emocional. A disponibilidade desses recursos humanos é essencial para garantir que os pacientes se sintam apoiados em cada passo de sua jornada.
Outro desafio envolve o acompanhamento ativo da jornada do paciente, algo essencial para entender melhor as dinâmicas de aderência e ajustar as estratégias conforme necessário. Esse processo é decisivo não apenas para orientar sobre o consumo correto dos medicamentos, mas para identificar questões importantes como a identificação precoce de efeitos colaterais.
Muitas vezes, os programas de acesso e aderência envolvem atividades que não fazem parte do core business da indústria farmacêutica. Na prática, isso representa um investimento elevado em sistemas, recursos e conhecimento sobre práticas que extrapolam a esfera de atuação dos laboratórios, que estão focados em pesquisa e desenvolvimento de fármacos.
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Como superar os desafios em relação ao acesso e aderência?
A indústria farmacêutica tem a pesquisa e desenvolvimento como seus pontos fortes. É a partir desses processos que os laboratórios estão disponibilizando, cada vez mais, medicamentos inovadores e fundamentais no enfrentamento de doenças graves e no aumento da qualidade de vida da população. Por outro lado, o segmento nem sempre consegue estar presente em todos os pontos de contato com os pacientes. Essa limitação prejudica os programas internos de acesso e aderência aos tratamentos.
No entanto, esses mesmos programas podem ser estruturados com o apoio de parceiros estratégicos, como a epharma. A vantagem é contar com a expertise de uma empresa que está em todos os pontos de contato com o paciente.
A epharma atua em estreita colaboração com a indústria farmacêutica para superar esses desafios, oferecendo soluções integradas e personalizadas que atendem às diversas necessidades ao longo da jornada do paciente. Com foco em inteligência em saúde, utiliza tecnologias avançadas de Inteligência Artificial e Business Analytics para otimizar o monitoramento e a gestão dos programas de aderência e acesso.
As soluções da epharma contemplam estratégias tanto para os canais de varejo (Retail) quanto os não varejistas (Non Retail), proporcionando suporte abrangente em tratamentos de alta complexidade e doenças crônicas. Dessa forma, a epharma consegue prover meios para que a indústria farmacêutica execute uma abordagem completa e integral ao longo da jornada do paciente.
Quer transformar seus programas de acesso e aderência? Conheça as soluções da epharma para a indústria farmacêutica!