Entenda como o acesso de medicamentos para funcionários pode beneficiar a sua empresa
Ao mesmo tempo em que muitos brasileiros se automedicam de forma exagerada (e muitas vezes perigosa), há sérias dificuldades em manter o tratamento de determinadas doenças. Nesse sentido, as empresas podem ter um papel importante no acesso de medicamentos para funcionários.
Tal preocupação ajuda na promoção do bem-estar, traz ganhos de produtividade, reduz o absenteísmo e o presenteísmo e otimiza o uso do plano de saúde, entre outros fatores, como vamos mostrar ao longo deste artigo. Acompanhe.
O consumo de medicamentos entre os brasileiros
Dados do Conselho Federal de Farmácia (CFF)1, em pesquisa feita em conjunto com o Instituto Datafolha, mostram que a automedicação é um hábito comum entre os brasileiros. Os números coletados em 2019 indicam que 77% dos brasileiros que haviam usado algum medicamento nos últimos 6 meses tinham se automedicado.
Desse universo, quase metade (47%) faz isso uma vez por mês e um quarto (25%) faz todo dia ou ao menos uma vez por semana. Ao todo, foram entrevistados 2074 brasileiros, das 5 regiões do país.
A mesma pesquisa também constatou uma modalidade diferente de automedicação além da tradicional, que envolve o consumo de medicamentos não prescritos. Nesses casos, a pessoa conta com uma receita fornecida por um médico após um diagnóstico, mas não faz o uso correto da medicação. Tal comportamento foi constatado entre 57% dos entrevistados.
O hábito mais comum entre essa fatia dos entrevistados foi o de reduzir a dose prescrita do tratamento indicado. 37% deles alegaram ter feito isso. A justificativa para esse comportamento passava por achar que a doença já estava controlada ou ainda pela sensação de que o medicamento estava fazendo mal. Contudo, para outros 17%, a razão pela redução da posologia foi o fato de o medicamento estar muito caro.
A preocupação com o preço dos medicamentos se cruza com a constatação de que a maioria dos brasileiros arca com a conta da farmácia com o dinheiro próprio. O levantamento mostra que 88% da população compra os medicamentos que consome. Em um cenário onde o preço dos medicamentos teve aumento significativo, esse custo pode pesar no orçamento doméstico.
Entre os medicamentos mais consumidos pelos brasileiros estão os antitérmicos/ analgésicos (usado por 50% dos entrevistados), antibióticos (42%), relaxante muscular (24%) antiinflamatórios/corticosteroides (21%) e anti-hipertensivos/diuréticos (17%).
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A interrupção ou alteração do tratamento medicamentoso prescrito por um médico é prejudicial em qualquer condição. Entretanto, quando falamos das doenças crônicas, o dano pode ser ainda maior. Muitas vezes, essas doenças exigem controle e acompanhamento pelo resto da vida, sob o risco de complicações que comprometem a qualidade de vida.
As chamadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) representam um problema não apenas do ponto de vista individual, como também para os sistemas de saúde.
Como o próprio nome indica, elas são caracterizadas por uma progressão lenta, que em muitos casos se estende por toda a vida. Ao contrário das doenças crônicas transmissíveis (que são causadas por um patógeno específico, como a AIDS e a tuberculose), as DCNT são multifatoriais. Desse modo, elas combinam aspectos genéticos, ambientais e relativos aos hábitos de vida (alimentação e atividade física, por exemplo) de cada pessoa.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as DCNT estão entre as 7 das 10 principais causas de morte no planeta2. As enfermidades que mais contribuíram para isso são as doenças cardiovasculares, doenças pulmonares e o diabetes. No Brasil, essas doenças são responsáveis por mais da metade das mortes. Em 2019, 54% dos óbitos registrados no país foram causados por enfermidades crônicas3.
Seja como for, o tratamento adequado de quase todas as doenças crônicas envolve não apenas o acompanhamento médico e a adoção de hábitos mais saudáveis, como o acesso correto aos medicamentos indicados. Assim, quem lida com esses transtornos alcança uma melhor qualidade de vida e evita os agravamentos decorrentes da evolução dessas doenças.
O papel das empresas no acesso de medicamentos para os funcionários
Se já não bastasse os custos individuais e sociais das doenças crônicas, elas também têm reflexos econômicos, principalmente quando atingem adultos em idade economicamente ativa. E esse reflexo pode ser percebido dentro das empresas.
Uma equipe que não tem o suporte adequado para o acompanhamento e o tratamento das doenças crônicas pode elevar o índice de absenteísmo e aumentar os gastos com saúde.
Há também uma elevação do presenteísmo, que é quando o funcionário comparece ao trabalho, mas não tem condições de desempenhar suas atividades. E mesmo isso quando não acontece, a produtividade pode ser prejudicada devido às consequências dessas e de outras enfermidades.
Ou seja, no final das contas tudo isso acaba se convertendo em prejuízos para a empresa, que fica sem funcionários capazes de render com capacidade plena, além de muitas vezes ter que arcar com os custos de tratamentos caros.
Dessa forma, pensar em soluções com custo mais baixo e que permitam o acesso de medicamentos para funcionários desde o primeiro instante do tratamento representa um melhor custo-benefício no médio e no longo prazo. Por tanto, elas devem ser priorizadas sempre.
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Referências
1.Uso de Medicamentos. Conselho Federal de Farmácia. Abril/2019. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/file/Uso%20de%20Medicamentos%20-%20Relatório%20_final.pdf
- The top 10 causes of death. World Health Organization. 9/dez/2020. Disponível em:
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/the-top-10-causes-of-death
- Saúde apresenta atual cenário das doenças não transmissíveis no Brasil. Ministério da Saúde. 15/09/2021. Disponível em: