Dr. Vin Gupta, MD MPA, é Professor Assistente Afiliado de Ciências de Métricas de Saúde no Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação (IHME) da Washington State University. Ele é um médico e pesquisador especializado em saúde global e doenças não transmissíveis. Vin Gupta liderou pesquisas financiadas pela Bloomberg Philanthropies sobre o impacto do tabaco e da poluição do ar em doenças respiratórias crônicas em países como México, Brasil, China e Indonésia.
No SXSW, Dr. Vin Gupta apresentou uma palestra de grande importância sobre o futuro da saúde, confira:
À medida que nos aproximamos de 2030, enfrentamos um desafio paradoxal em saúde: como podemos atender a um número crescente de pessoas com uma força de trabalho em declínio?
– Nos Estados Unidos, é previsto que até 2050, 20% da população terá mais de 65 anos.
– Surpreendentemente, 25% dos americanos ainda questionam a gravidade da COVID-19, contribuindo para um déficit recorde. Sem investimentos significativos em saúde, muitas necessidades essenciais podem não ser atendidas.
– Além disso, até 2030, espera-se que 70% do mundo esteja conectado pela tecnologia 5G, o que abre novas possibilidades para soluções inovadoras em saúde.
– O déficit de profissionais de saúde é alarmante, prevendo-se uma escassez de até 124 mil médicos e 510 mil enfermeiras até 2034, além de uma lacuna significativa em horas de trabalho. A necessidade de democratizar o diagnóstico é cada vez mais evidente.
Inovações, como aplicativos de leitura biométrica na Coreia e tecnologias de monitoramento de saúde incorporadas em móveis, como visto em um hotel em Tel Aviv, estão liderando o caminho para abordagens mais proativas e acessíveis à saúde. Sensores inteligentes em assentos de banheiro, atualmente em ensaios clínicos pré-FDA, são exemplos de como a tecnologia pode facilitar monitoramentos de saúde contínuos e comunicação direta com profissionais de saúde.
A adoção de novas tecnologias é crucial, especialmente considerando que apenas 5% dos americanos elegíveis para rastreamento de câncer de pulmão o fazem, apesar de ser a forma mais letal de câncer. A Amazon está explorando a Virtual Care, oferecendo consultas rápidas e prescrições a custos reduzidos, destacando a importância da integração e usabilidade para transformar o atendimento ao paciente. A prevenção secundária, focada em manter pessoas com doenças crônicas saudáveis em casa, representa uma oportunidade significativa. Finalmente, a precisão diagnóstica é crucial. Erros diagnósticos contribuem para 10-20% dos atrasos no tratamento.
A Amazon está desenvolvendo uma plataforma de IA para melhorar a comunicação dos sintomas e apoiar profissionais menos experientes na obtenção de diagnósticos mais precisos.
O futuro da saúde é agora! Uma coisa é certa, precisamos democratizar o acesso à saúde e abraçar a inovação para cuidar de mais pessoas com menos recursos até 2030.