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Diabetes Tipo 2: Remissão, Peso, Vitamina D e o Impacto do Açúcar

maio 29, 2025

Existe remissão do diabetes?

No meio científico, existe uma discussão sobre o termo “remissão” para o diabetes tipo 2, que hoje é definido como a “manutenção da hemoglobina glicada abaixo de 6,5%, sem uso de medicação”.

No entanto, o termo ainda é controverso, pois isso não significa que o paciente esteja livre das complicações metabólicas, considerando que a disfunção do pâncreas e a resistência à insulina ainda podem permanecer. Segundo especialistas, alcançar níveis normais de glicemia e hemoglobina glicada não significa necessariamente reverter a doença, já que não é possível avaliar a regeneração das células beta pancreáticas em seres humanos, pois essa análise só é feita in vitro ou em animais de laboratório.

Assim, o termo “remissão” pode ser enganoso, já que não há garantia de recuperação da função pancreática, mas apenas uma melhora temporária dos parâmetros glicêmicos. Ainda assim, usar esses parâmetros como metas de controle para pacientes com diabetes tipo 2 pode trazer benefícios, pois ajuda o paciente a se engajar no tratamento e a entender se os seus hábitos e cuidados diários estão próximos do recomendado.

A importância da perda de peso no controle do diabetes tipo 2

Mesmo com a controvérsia, diversos estudos têm se concentrado em demonstrar os efeitos da dieta na “remissão” do diabetes tipo 2, principalmente por meio da redução do peso. Na maioria dos casos de diabetes tipo 2, o excesso de peso e obesidade são fatores desencadeantes da doença, assim, a perda de peso é um fator determinante para a melhora do controle glicêmico.

O estudo DIRECT, realizado no Reino Unido, avaliou a eficácia de uma alimentação com baixa caloria (825 a 853 kcal/dia) por até cinco meses, seguida por reintrodução alimentar e suporte contínuo para manutenção do peso. Após um ano, 46% dos participantes do grupo que realizou a dieta apresentou remissão da doença, enquanto no grupo controle essa taxa foi de 4%. No entanto, apenas 26% deles mantiveram essa remissão sem necessidade de medicação após cinco anos. Pacientes que perderam mais de 15 kg tiveram uma taxa de remissão de 86%, enquanto aqueles com perda entre 5 e 10 kg atingiram 34%. No entanto, a remissão do diabetes tipo 2 é extremamente difícil pois demanda a mudança brusca e de longo prazo de hábitos alimentares.

Vitamina D e prevenção do diabetes tipo 2

Diante do crescente número de diagnósticos de diabetes no mundo, pesquisas buscando formas de prevenção têm despertado atenção. O estudo clínico FIND (Finnish Vitamin D) estudou a suplementação de vitamina D, considerando que a vitamina D tem a capacidade de interferir no metabolismo da glicose, melhorando a função das ilhotas pancreáticas e diminuindo a resistência à insulina.

O estudo incluiu 2.271 idosos saudáveis, sem deficiência de vitamina D, que foram divididos em três grupos. Dois receberam vitamina D3 a 1.600 e 3.200 UI/dia, respectivamente, e um recebeu placebo, ao longo de cinco anos. Ao final, não foram observadas diferenças entre o risco de diabetes tipo 2 entre os grupos, portanto, a suplementação de vitamina D em idosos para prevenção de diabetes tipo 2 não é uma recomendação formal. Porém, estes resultados não são conclusivos, e o tema permanece em aberto.

O consumo de açúcar aumenta o risco de diabetes?

Um grande estudo de revisão sistemática publicado em 2025 foi o primeiro a estabelecer uma relação dose-resposta entre a ingestão de açúcar na dieta e o risco de diabetes tipo 2. Foram analisados os resultados de 25 estudos de coorte com 801.530 participantes. Observou-se que bebidas adoçadas com açúcar e sucos de frutas aumentam o risco, enquanto o açúcar total, a sacarose, a frutose e o açúcar adicionado mostram associações inversas ou nulas. Exemplos de bebidas adoçadas com açúcar incluem refrigerantes, sucos de frutas com açúcar adicionado e chás prontos.

Relação entre tipo de açúcar e risco de diabetes

Cada porção adicional de bebidas adoçadas com açúcar (porção de 350 ml) e suco de frutas (porção de 250 ml) aumentou o risco de diabetes tipo 2 em 25% e 5%, respectivamente. Por outro lado, curiosamente a ingestão de sacarose e açúcar total (que inclui qualquer consumo de açúcares naturais, bem como adicionados) foi inversamente associada ao diabetes tipo 2, indicando uma relação protetora. Açúcar adicionado e frutose não mostraram associações claras com o risco de diabetes tipo 2. Essas descobertas desafiam a suposição de que todos os açúcares elevam uniformemente o risco de diabetes tipo 2.

Forma de ingestão do açúcar e impacto metabólico

Mais importante do que o açúcar em si, é a forma como ele é ingerido. O açúcar consumido na forma líquida pode ter efeitos metabólicos adversos, além do excesso de calorias e peso corporal. A frutose líquida favorece a formação de gordura no fígado e piora a sensibilidade à insulina. Comparado aos açúcares das bebidas adoçadas com açúcar que fornecem calorias vazias, o suco de frutas pode conter nutrientes benéficos, como vitaminas e fitoquímicos, mas, ainda assim, o estudo verificou que o consumo do suco de frutas foi positivamente associado ao risco de diabetes tipo 2.

O alto teor de açúcar e a falta de fibra no suco de frutas é semelhante às bebidas adoçadas com açúcar, tornando-o um substituto ruim para frutas inteiras, que fornecem maior teor de fibras que contribuem para a regulação da glicose no sangue. As bebidas adoçadas com açúcar fornecem açúcares isolados, levando a um maior impacto glicêmico, enquanto outras fontes de açúcares, principalmente quando consumidos em alimentos ricos em nutrientes, como frutas inteiras, laticínios ou grãos integrais, podem provocar respostas mais lentas da glicose no sangue devido a fibras, gorduras ou proteínas que o acompanham, minimizando o risco do diabetes.

Uma alta ingestão de frutas, que são naturalmente ricas em frutose, está associada a uma boa saúde metabólica e, quando consumidas na forma inteira, em vez de suco, está inversamente associada ao risco de diabetes. Além disso, alimentos nutritivos com adição de açúcar, como cereais integrais e iogurte, têm sido associados a um risco reduzido de diabetes tipo 2, possivelmente devido aos seus perfis nutricionais e fitoquímicos. De fato, a inclusão de açúcar nesses alimentos saudáveis pode aumentar seu consumo, o que poderia explicar por que a sacarose dietética, uma forma comum de adição de açúcar, foi inversamente associada ao diabetes.

Fontes:

  • Remissão do diabetes tipo 2: um objetivo distante - Medscape - 6 de março de 2025.
  • Leslie WS et al. The Diabetes Remission Clinical Trial (DiRECT): protocol for a cluster randomised trial. BMC Fam Pract. 2016 Feb 16;17:20.
  • Virtanen JK et al. The effect of vitamin D3 supplementation on the incidence of type 2 diabetes in healthy older adults not at high risk for diabetes (FIND): Diabetologia. 2025 Apr;68(4):715-726.
  • Della Corte KA et al. Dietary Sugar Intake and Incident Type 2 Diabetes Risk: A Systematic Review and Dose-Response Meta-Analysis of Prospective Cohort Studies. Adv Nutr. 2025 May;16(5):100413.

Material elaborado por Lia Buschinelli. Nutricionista graduada pela Universidade de São Paulo. Aperfeiçoamento em Transtornos Alimentares pelo Ambulim – HC/FMUSP. Especialização em Oncologia pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Título de especialista em Nutrição Clínica pela Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN). Formação em Coaching de Saúde e Bem-estar pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Diretora geral da consultoria nutricional ML Pensando Saúde.

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