A adesão ao tratamento medicamentoso é essencial para controlar ou curar doenças, principalmente quando falamos sobre doenças crônicas. Contudo, essa adesão nem sempre ocorre.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um percentual abaixo de 60% dos pacientes com diabetes e menos de 40% dos pacientes com hipertensão seguem as prescrições e orientações médicas, por exemplo.
Os impactos de não aderir ao tratamento podem ser seríssimos, se levarmos em conta que as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) matam cerca de 41 milhões de pessoas a cada ano, o equivalente a 71% de todas as mortes no mundo.
Segundo o relatório Estimativas Globais de Saúde, divulgado pela OMS, atualmente, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis constituem sete das 10 principais causas de morte no planeta.
Além da mortalidade, as doenças crônicas estão diretamente relacionadas com uma grande variedade de morbidades, sendo responsáveis por um grande número de internações, bem como estão entre as principais causas de amputações e de perdas de mobilidade e de outras funções neurológicas.
Envolvem também perda significativa da qualidade de vida, que se aprofunda à medida que a doença se agrava.
Esses aspectos reforçam ainda mais a importância da adesão ao tratamento medicamentoso para o adequado tratamento terapêutico dessas doenças.
Conforme definição adotada pelo Ministério da Saúde, a adesão é compreendida como a utilização de pelo menos 80% dos tratamentos prescritos, observando horários, doses e tempo de tratamento.
6 fatos que interferem na adesão ao tratamento medicamentoso
Ao ter um maior índice de adesão ao tratamento, os pacientes conseguem, na maior parte das vezes, controlar a condição de saúde e ter uma melhor qualidade de vida.
Os pacientes que não aderem ao tratamento medicamentoso podem ser classificados como involuntários ou voluntários.
Pacientes com não adesão involuntária são aqueles que não fazem uso da medicação seja por pouco conhecimento ou má interpretação das orientações médicas, esquecimento de horários e até mesmo falta de organização para utilização de diversos medicamentos.
Já os pacientes que não aderem ao tratamento voluntariamente escolhem por opção própria não tomar os remédios, parcialmente ou totalmente, por motivos diversos.
Entre os fatos que podem interferir na adesão ao tratamento medicamentoso estão:
1. Ter duas ou mais morbidades
Pacientes com múltiplas doenças apresentam menor adesão principalmente devido ao maior número de medicamentos e doses que precisam fazer uso diariamente;
2. Medo dos efeitos colaterais
O uso de muitos medicamentos também pode originar medo dos efeitos colaterais em alguns pacientes;
3. Incapacidade instrumental para vida diária
Pacientes com dificuldade ou necessidade de ajuda para executar tarefas básicas ou mais complexas no seu dia a dia de forma independente, tendem a ter menor adesão;
4. Não detecção de benefício imediato
Pacientes que não notam benefícios imediatos com a utilização dos medicamentos também apresentam uma maior tendência de não adesão;
5. A compra do medicamento
Seja por dificuldades financeiras para adquirir os medicamentos ou pela falta de organização para repor o estoque, pacientes também acabam deixando de realizar a compra da medicação;
6. Falta de acompanhamento e motivação
Muitas doenças além do uso contínuo da medicação, necessitam de mudanças de hábitos e estilo de vida, assim, pacientes sem o devido acompanhamento familiar e profissional acabam por não aderir corretamente ao tratamento.
A aferição da adesão ao tratamento de doenças crônicas pode-se dar através de vários métodos e técnicas, seja por meio de recursos tecnológicos como a contagem eletrônica de pílulas, avaliação de resultados terapêuticos, opinião do profissional e questionários, ou ainda, dosagem do fármaco ou metabólitos no plasma, saliva ou urina.
Contudo, não existe nenhuma metodologia com acurácia perfeita para definir a situação real de uso dos medicamentos.
Benefícios do plano de medicamento da epharma para aumentar a adesão ao tratamento
A busca por uma maior adesão do tratamento medicamentoso passa pelo conhecimento da jornada do paciente, assim como em estratégias que envolvam a indústria farmacêutica, operadoras de saúde, farmácias, médicos e farmacêuticos.
Neste sentido, a implantação de um plano de medicamento pode agregar mais do que apenas descontos a medicamentos, aliando serviços clínicos a pacientes elegíveis, atuando para proporcionar soluções tecnológicas para tratamentos mais completos, consequentemente aumentando a motivação do paciente para aderir ao tratamento.
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Referências:
Cenário das doenças não transmissíveis no Brasil