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Instituto Superior de Seguros e Benefícios Brasil (ISB Brasil) realizou encontro que discutiu, entre outros assuntos, a síndrome de burnout e como a saúde mental afeta pessoas no ambiente de trabalho.
Em maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou, após três anos, o fim da emergência de saúde da Covid-19. Neste período, a doença provocou 765,2 milhões de casos e quase 7 milhões de mortes, segundo a OMS. A pandemia impactou e ainda impacta a saúde mental das pessoas, com reflexos no ambiente de trabalho.
“As medidas adotadas como distanciamento social, isolamento, restrições de viagens, quarentenas e fechamentos das escolas afetaram a vida das pessoas de maneira sem precedentes, levando a uma série de desafios emocionais e psicológicos. Os principais impactos que percebi no atendimento do consultório foram ansiedade e estresse, depressão e solidão, aumento de transtornos mentais existentes, estresse relacionado ao trabalho e perda de emprego, aumento do abuso de substâncias como álcool e drogas como mecanismos de enfrentamento da situação, além da falta de interação social (principalmente entre as crianças)”, afirma a psicóloga Valquíria Sehn, que participou da última Quinta com Benefícios, realizada pelo Instituto Superior de Seguros e Benefícios Brasil (ISB Brasil). Confira o evento completo em https://www.youtube.com/@isbbrasil.
Valquíria falou, entre outros assuntos, sobre a síndrome de burnout, distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, que vem acometendo profissionais das mais diferentes áreas. “A pandemia criou um ambiente propício para o surgimento ou agravamento de casos de síndrome de burnout, depressão, ansiedade e estresse devido a vários fatores como sobrecarga de trabalho e pressão, incerteza e mudanças constantes, preocupação com a saúde e a segurança, traumas e perdas (seja quem contraiu a doença ou perdeu entes queridos, ou enfrentou experiências traumáticas), além do estresse pós-traumático”, diz. A profissional reforça que o aumento nos casos de ansiedade, estresse e dificuldade para dormir são sintomas decorrentes de estresse pós-traumático e sua maior incidência atualmente, podem ser resultado das experiências traumáticas vivenciadas durante a pandemia. “Por isso é muito importante que, ao identificar-se com os sintomas descritos, você procure ajuda profissional para tratar esses sintomas o quanto antes”, orienta.
Não apenas a síndrome de burnout, mas a saúde mental de forma geral entrou na pauta de assuntos empresariais durante e após a pandemia. “Tanto o mercado de seguros como as empresas em geral são ambientes conduzidos por pessoas. Por isso, levar conhecimento e incentivar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal com limites saudáveis, pausas, informações para que sejam reconhecidos sinais de depressão, ansiedade e síndrome de burnout é de extrema importância para o crescimento das empresas, das pessoas e da saúde física e emocional”, reforça Valquíria.
“Nós acreditamos que o bem-estar está no encontro dos pilares da saúde física, mental e financeira. Por isso, para cuidar integralmente da saúde de nossos colaboradores, disponibilizamos uma plataforma de atendimento psicológico, atendimento e orientação com especialistas em planejamento financeiro e, para manter o corpo ativo, temos o programa que oferece uma série de possibilidades para a prática de atividades físicas”, afirma Juliana Felismina Ferreira, gerente de RH da epharma, uma das principais plataformas de gestão de benefícios de medicamentos do país.
Juliana explica que a epharma trabalha com um calendário de pausas pensando na flexibilidade, desenvolvimento contínuo da segurança psicológica nos ambientes e mentorias. “Algumas abordagens que os profissionais e empresas podem usar para lidar com essa situação é reconhecer a existência desses problemas e como eles afetam indivíduos e equipes. Nesse sentido, deve-se adotar políticas que apoiem a saúde mental, como uma política antiestresse, horários flexíveis nos prazos de entrega ou no horário de trabalho para acomodar os desafios de trabalho remoto e as medidas de restrição social e/ou um programa de bem-estar. Outra vertente é implementar medidas inovadoras para manter o negócio em andamento, como a criação de novos produtos, serviços ou modelos de negócios”, sugere.
Via: Revista Cobertura
