No dia 12 de fevereiro é comemorado o Dia Internacional da Epilepsia, data que marca a campanha de conscientização da doença. A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por emissão irregular e intensa de impulsos elétricos nos neurônios. Durante uma crise, a pessoa pode perder temporariamente o controle dos movimentos ou até a consciência.
É importante ressaltar que, quando uma crise ocorre de maneira isolada, ela é considerada apenas uma crise convulsiva, não sendo caracterizada como epilepsia, mas em ambos os casos é fundamental investigar a causa.
Os principais sintomas da epilepsia incluem convulsões e episódios de ausência, quando a pessoa parece perder o contato com o ambiente ao seu redor, mantendo o olhar fixo e sem interação, como uma espécie de desligamento. A perda temporária de controle também é comum, dificultando a realização de atividades cotidianas.
Como é o tratamento?
O tratamento da epilepsia é amplamente baseado no uso de medicamentos anticonvulsivos. No entanto, existem outras opções terapêuticas, como a neuromodulação, que utiliza um dispositivo para estimular o nervo vago, e o uso de canabidiol (CBD), que tem demonstrado efeitos positivos no controle das crises. Em alguns casos, a cirurgia ressectiva, indicada para epilepsia focal, pode ser necessária.
Em 2024, o Programa de Benefícios em Medicamentos (PBM) da epharma gerou uma economia de quase R$ 2 milhões para beneficiários, contribuindo para aumentar o acesso e a aderência ao tratamento e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida das pessoas com esta condição neurológica.
O controle dos gatilhos das crises é um aspecto essencial para o manejo da epilepsia. Alguns fatores como privação de sono, estresse emocional, uso de álcool ou drogas, e alterações hormonais podem desencadear as crises. Por isso, identificar e minimizar esses gatilhos pode melhorar consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes.
Efeito da alimentação no combate à epilepsia
A alimentação balanceada também é um fator decisivo para minimizar os sintomas. Uma alternativa complementar no tratamento da epilepsia, por exemplo, é a dieta cetogênica, geralmente tem uma distribuição energética de cerca de 90% de gorduras, com 10% provenientes de proteínas e carboidratos, que tem demonstrado resultados promissores.
“A dieta cetogênica é uma estratégia eficaz especialmente quando o tratamento medicamentoso não é suficiente. Ao induzir o estado de cetose, quando a principal fonte de energia do corpo passa a ser a queima de gordura, essa dieta promove uma mudança no metabolismo cerebral, oferecendo uma alternativa terapêutica valiosa, especialmente em crianças e pacientes com resistência aos medicamentos anticonvulsivos”, explica a nutricionista Nathália Moraes Venâncio Costa, formada pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduação em Conduta Prática em Nutrição Esportiva, Fitoterapia e Nutrição Funcional pelo GANEP e Nutrição Esportiva pelo CEFIT (Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício).
Os alimentos permitidos na dieta incluem frutas, verduras, legumes, carnes, ovos, queijos e oleaginosas (como nozes e castanhas). Cereais (arroz, milho, trigo), tubérculos (batata, inhame, abóbora) e leguminosas (feijão, lentilha, ervilha) devem ser consumidos com moderação.
É fundamental a suplementação de vitaminas e minerais, pois a dieta cetogênica pode dificultar o suprimento adequado desses nutrientes. A suplementação de vitamina D, por exemplo, para manter os níveis adequados no organismo podem melhorar distúrbios relacionados à epilepsia, como fadiga e transtornos de humor.
Estudos também sugerem que o ômega 3, devido aos seus efeitos neuroprotetores, pode ser benéfico na redução das crises epilépticas. Pesquisas realizadas pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e outras instituições indicam que o ômega 3 pode ajudar na regeneração do tecido cerebral e na minimização da morte neuronal durante as crises. No entanto, mais estudos são necessários para confirmar esses efeitos.
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