Nesse contexto, programas de benefícios de medicamentos e um conjunto de soluções e assistências complementares podem fornecer mecanismos para promover um maior cuidado com a saúde, garantindo a efetiva promoção do bem-estar e da qualidade de vida.
A disseminação do hábito da automedicação
A automedicação pode ser definida como a iniciativa de uma pessoa em ingerir medicamentos (inclusive chás ou outros preparados naturais) sem que tenha havido uma prescrição médica ou farmacêutica. Em geral, esse tipo de atitude tem como intuito eliminar desconfortos comuns no dia a dia (como dores de cabeça, nas costas ou mesmo febres e quadros de sintomas respiratórios, entre outros).
Além disso, é frequente que tais medicações sejam ingeridas conforme recomendação de amigos ou familiares, a partir de sobras de prescrições e tratamentos anteriores. Ou seja, nem sempre a automedicação é feita com os chamados medicamentos isentos de prescrição (os MIPs), aqueles que podem ser comprados sem a apresentação de uma receita médica.
Como complemento, é comum que a automedicação seja consequência de deficiência no acesso aos serviços de saúde. Assim, diante da falta de atendimento médico, muitas pessoas usam medicamentos por conta própria, incluindo aqueles que deveriam ser prescritos apenas por um profissional de saúde devidamente capacitado.
Para se ter uma ideia da dimensão desse hábito, de acordo com pesquisa conduzida pelo Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico (ICTQ), a fatia da população que diz se medicar por conta própria alcança os 89%. No levantamento, feito em 2022, foram ouvidas 2.099 pessoas em 151 municípios espalhados por todo o Brasil. A pesquisa também mostra as classes de medicamentos mais consumidas por conta própria:
- Analgésicos (64%);
- Antigripais (47%);
- Relaxantes musculares (35%).
Chama a atenção na pesquisa também o fato de que 6% dos entrevistados afirmavam se automedicar para lidar com sintomas de ansiedade, estresse e insônia. Em parte dos casos, esses medicamentos envolvem classes de fármacos que podem ser comprados apenas mediante apresentação e retenção de receita.
A importância de prevenir a automedicação e incentivar o uso racional de medicamentos
Se um comprimido para lidar com uma dor de cabeça pode parecer inofensivo, é fundamental considerar que existe sempre a chance de os riscos da ingestão de medicamentos por conta própria superarem (em muito) os eventuais benefícios. Assim, a automedicação abre espaço para transformar a suposta solução para uma queixa de saúde em um problema ainda maior. Entre os riscos mais frequentes estão:
- Deixar de procurar um médico diante de sintomas mais sérios;
- Uso incorreto de medicamento, seja na dose, seja no objetivo;
- Incompreensão sobres possíveis efeitos adversos graves;
- Desconsideração sobre eventuais contraindicações (como hipersensibilidade ou alergia a determinados fármacos);
- Mascaramento de sintomas, inclusive de doenças crônicas;
- Dificuldade de administração, incluindo a definição de doses;
- Risco de interações medicamentosas perigosas e episódios de intoxicação;
- Risco de uso de medicamentos vencidos ou armazenados de forma incorreta;
- Manutenção de uso prolongado de forma indevida;
- Chance de desenvolver dependência e outras formas de uso abusivo de determinadas substâncias.
Alguns reflexos do uso desenfreado de determinados medicamentos podem também trazer problemas para a população como um todo. O exemplo mais conhecido disso é o da resistência antimicrobiana provocada pelo uso inadequado de antibióticos.
Embora fundamentais para combater infecções provocadas por bactérias, se usados de forma indevida, os antibióticos podem selecionar cepas resistentes desses microrganismos. No longo prazo, tal fenômeno pode fazer surgir bactérias resistentes aos antibióticos disponíveis, algo visto como um grave problema de saúde pública.
Diante de todos esses riscos, o dia 05 de maio foi o escolhido para marcar o Dia Nacional pelo Uso Racional de Medicamentos, lembrando dos riscos do uso sem orientação de qualquer fármaco.
Leia também: Profissionais alertam para o risco da suplementação por conta própria
As soluções de PBM e outros recursos de cuidado com a saúde nas empresas
Ao mesmo tempo em que muitas pessoas se medicaram por conta própria, muitas outras deixam de tratar problemas, mesmo com o diagnóstico e prescrição adequada. Tal cenário pode se refletir em complicações graves.
Porém, conforme já mencionamos, a dificuldade de acesso aos serviços de saúde pode ser um obstáculo. Do mesmo modo, muitos pacientes não têm os incentivos necessários para fazer o monitoramento da própria saúde ou mesmo aderir aos tratamentos propostos pelos médicos.
Além do comprometimento da qualidade de vida, nas empresas tudo isso pode se refletir em aumento do absenteísmo, do presenteísmo e em queda de produtividade. Por isso, é fundamental que os negócios adotem estratégias para zelar pela saúde dos seus colaboradores.
Um passo essencial para isso é disponibilizar um Programa de Benefícios em Medicamentos, conhecidos como PBM. Com isso, os colaboradores terão acesso aos medicamentos necessários, sempre que houver indicação para tal.
Além é disso, é possível incluir na assistência oferecida recursos que disponibilizam atendido virtual (telemedicina), programas de gestão de pacientes com doenças crônicas e de check-ups ou mesmo o suporte da assistência de profissional de saúde para resolução de problemas de menor complexidade ou orientação sobre o acesso a determinados serviços de saúde.
Em suma, dimensionar os riscos da automedicação passa também por compreender como a falta de assistência à saúde pode levar a tal comportamento. De outro, garantir o suporte profissional sempre que necessário contribui para a adesão ao tratamento e para o incremento no bem-estar.
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